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ASSOCIAÇÕES DE BAIRRO

Criadas alguns anos após a chegada dos primeiros imigrantes aos bairros de Mogi das Cruzes, as associações rurais da cidade representam a força e união dos japoneses e seus descendentes para o desenvolvimento da comunidade a partir da agricultura e das inovações das técnicas de plantio que projetaram a economia mogiana.

Atualmente, sete associações da cidade são ligadas ao Bunkyo: Associação dos Agricultores de Cocuera; Associação Cultural Agrícola de Vila Moraes; Associação Rural de Pindorama; Associação Cultural Agrícola de Biritiba Ussu (Acabu); Associação Sul de Mogi das Cruzes (Capela 11); Associação Rural de Porteira Preta; e Associação Centro Cultural Esportiva de Mogi das Cruzes (Nikkai). Juntas, elas somam 459 associados e unem forças para preservar a história, cultura e tradições da comunidade japonesa, assim como ganham representatividade para reivindicar melhorias e conquistas nas mais diversas áreas.  

Associação dos Agricultores de Cocuera

Cocuera

O bairro do Cocuera, o primeiro a receber imigrantes japoneses em Mogi das Cruzes, no ano de 1919, foi o pioneiro na criação de uma associação da comunidade japonesa na cidade. Com ajuda de imigrantes do Caputera, os agricultores do Cocuera formaram a primeira assembleia de lavradores, em 9 de maio de 1926, na casa de Toyozo Ono, para o início da então Associação Cocuera Chuuoo Niponjinkai (Sociedade da Colônia Japonesa), tendo como conselheiro Shiguetoshi Suzuki, o primeiro imigrante a chegar à cidade. Hoje, a entidade é denominada Associação dos Agricultores de Cocuera e tem 85 associados.

Após seis anos, os imigrantes já tinham construído a Escola Mista para os filhos no terreno comprado em 1927, contavam com escola de língua japonesa no local, a Associação Cultural e Esportiva e a sede do kaikan, por eles construída. Bairro com a maior concentração de nikkeis e um dos principais produtores agrícolas da cidade, o Cocuera mantém viva a tradição nipo-brasileira, com eventos como almoços e jantares marcados pela culinária típica japonesa, como a Festa do Sukiyaki.

Na Associação dos Agricultores de Cocuera acontece, há mais de oito décadas, o mais antigo undokai da comunidade nipo-brasileira. Um dos principais eventos realizados anualmente no local é o Furusato Matsuri, originário da Festa do Pêssego e da Avicultura – realizada dos anos 70 aos 90.

Na área esportiva, o beisebol começou a ser praticado no Cocuera desde 1929, com a fundação da Associação de Jovens Seinenkai de Mogi. Nesta época, o imigrante Ichiro Konno disponibilizou a área de meio alqueire para construção de um campo esportivo, onde era praticados beisebol e atletismo. O judô também teve destaque, com premiações em disputas.

Já o Fujinkai foi fundado em 1964 por 50 associadas, sob a denominação Haha no kai, chegando a reunir 150 mulheres envolvidas em atividades culturais, dança japonesa, karaokê, undokai, cursos de culinária, trabalhos manuais, entre outras.

Informações: (11) 4791-2185

Associação Cultural e Agrícola de Vila Moraes

Vila Moraes

Na Vila Moraes, o imigrante japonês pioneiro foi Shohei Inui, que chegou ao local em 1927 e se dedicou à plantação de caqui. Alguns anos depois, outras famílias de origem oriental se instalaram no bairro e, em 1945, se uniram aos moradores da Porteira Preta e da Capela 11 para criação de uma associação. O grupo se desfez após os conflitos envolvendo a comunidade com a derrota do Japão na 2ª Guerra Mundial. Surgiu então a Associação Cultural Agrícola de Vila Moraes, no final da década de 1940, reunindo apenas os residentes no bairro, que hoje conta com 25 famílias.

A criação da primeira Escola Mista, às margens da antiga Estrada Capela do Ribeirão, hoje Rodovia Mogi-Bertioga, foi uma das primeiras conquistas. Depois veio a construção do kaikan, do campo e da quadra de esportes coberta, na sede localizada no km 7,5 da via. Durante mais de duas décadas, a equipe de softball da Associação participou de vários campeonatos, mas hoje o destaque é o gateball, com equipes formadas por associados entre 50 e 80 anos de idade. A produção agrícola da Vila Moraes se destaca pelo cultivo de verduras como a couve-manteiga; de frutas, com ênfase para caqui, nêspera, ameixa, atemoia, lixia e maracujá; de legumes como tomate cereja e berinjela japonesa; além de orquídeas.

Informações: (11) 4796-7083

Associação Cultural Agrícola de Biritiba-Ussú (ACABU)

Acabu

Com a família, o imigrante Tokuji Abe foi o primeiro a chegar em Biritiba Ussu, no ano de 1936, após passar pela Porteira Preta (1929) e Vila Moraes (1933). Plantou tomate, chá, batata e repolho com técnicas e experimentos trazidos do Japão. De 1949 a 1980, a família era uma das principais produtoras de verduras, legumes e tubérculos, empregando mais de 100 funcionários e instalando uma escola mista de ensino regular em sua fazenda, além da olaria de produção de tijolos para construção das casas dos empregados. Ao lado de Abe, as famílias Nagao, Kodomo e Ito foram fundadoras de Biritiba Ussu, hoje distrito de Mogi das Cruzes.

Foi em 1944 que seis famílias formaram a então Sociedade Biritiba Ussu, hoje Associação Cultural Agrícola de Biritiba Ussu (Acabu). Dois anos depois começaram as aulas na escola de língua japonesa e, em 1953, a comunidade doou o terreno e arrecadou dinheiro para construir o Grupo Escolar. Os imigrantes também se mobilizaram para levar energia elétrica às propriedades rurais e, em 1956, formaram comissão para tratar do assunto. A inauguração da eletrificação foi em março de 1957.

Para preservar as tradições e cultura orientais, a Associação, que hoje tem 36 associados, realiza anualmente o undokai, preservado desde a época da fundação.

Informações: (11) 4792-1037

Associação Rural de Porteira Preta

Imagem não cadastrada

O primeiro imigrante japonês a chegar no bairro da Porteira Preta foi Hatiro Nishie, em 1920. Oito anos depois, 10 famílias fundaram a Associação Rural da Porteira Preta para reunir os moradores a fim de garantir melhorias na zona rural e a educação dos filhos de agricultores. Ainda neste período, foi criado o grupo de jovens, denominado Associação da Juventude. O bairro recebeu imigrantes até 1945, totalizando 121 famílias.

Ao longo dos anos, a Associação se desenvolveu com várias atividades e as famílias ganharam destaque no cultivo de hortaliças, fruticultura, avicultura e piscicultura, além da produção de cerâmica.

Em 1950, preocupado com a educação das crianças do bairro, a família Koheiji Adachi, com recursos próprios, construiu o prédio para instalação da escola primária doada ao Governo do Estado de São Paulo. Mais recentemente, a unidade de ensino da Porteira Preta passou a se chamar Escola Estadual Comendador Koheiji Adachi.

Nos últimos anos, o bairro tem se destacado no intercâmbio internacional, a exemplo da Irmandade Intercambial Cultural e Econômica entre Mogi das Cruzes e Seki, no Japão. O acordo entre as cidades-irmãs foi firmado em 5 de setembro de 1969, durante visita da comitiva de Seki, comandada por Hakuyu Fukuoka, ao então prefeito Waldemar Costa Filho.

Atualmente, a Associação que mantém as tradições da comunidade japonesa no bairro reúne 34 famílias.

Informações: (11) 4721-3400

Associação Sul de Mogi das Cruzes - CAPELA 11

Imagem não cadastrada

Em 1930, o grupo liderado por Togashi Einosuki fundou a Associação Sul de Mogi das Cruzes – Capela 11 no bairro que anos antes havia recebido os primeiros imigrantes japoneses. No período de auge, o grupo chegou a representar 120 produtores da região, que se destaca pela produção de caqui, nêspera, pêssego e atemóia.

A escola de língua japonesa e a prática de esportes deram início às atividades do kaikan. Havia uma escola mista no bairro, com classes de primeira a quarta série do primário e, em 1956, foi construída a escola Arlindo Aquino de Oliveira, no terreno adquirido ao lado da anterior, que passou a atender os alunos até a oitava série do ginásio.

Atualmente, a Associação conta com 25 integrantes, e uma das importantes conquistas da comunidade japonesa local foi a construção da Estrada da Estiva, em área doada por Ryusaburo Sassajima, que reduziu o trajeto entre o bairro e a região central de Mogi das Cruzes em 11 quilômetros. Outro benefício, a chegada da eletrificação às propriedades rurais, também contou com a união dos imigrantes.

Informações: (11) 98835-7043 (Takeshi Uekita)

Associação Centro Cultural Esportiva de Mogi das Cruzes – NIKKAI

Nikkai

Diferentemente da maioria dos imigrantes japoneses que escolheu a área rural de Mogi das Cruzes para trabalhar e morar, dedicando-se à agricultura, a família Norio Anan se fixou na área central da cidade e formou um núcleo a fim de desenvolver várias atividades, principalmente o ensino da língua japonesa e a prática de esportes. Ao lado de mais quatro pessoas, foi criada a escola que deu origem à Associação.

Embora o grupo já existisse desde 1930 e a primeira reunião oficial tenha ocorrido em 1948, no ano de 1939 foi formada a Federação das Associações de Japoneses, no centro da cidade, que abrangia todas as entidades rurais desta região e também de Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Itaquera e Jacareí e, em 1959, deu origem ao Bunkyo – Associação Cultural de Mogi das Cruzes.

No passado, havia 23 associações de bairro, mas como com o passar dos anos algumas se tornaram independentes, em 1948 foi criada a Associação Centro Cultural Esportiva de Mogi das Cruzes – Nikkai, com mais de 100 pessoas. Hoje são 210 integrantes entre comerciantes, industriários, profissionais liberais e filhos de agricultores de origem japonesa que vivem na região central da cidade e desempenham importante papel social, participando de ações comunitárias.

Para isso, a Associação conta com departamentos como o de senhoras, que atua junto com o Fundo Social de Solidariedade do município e entidades assistenciais, como a Kodomo no Sono, responsável pelo atendimento a crianças portadoras de deficiência, asilos e outras instituições sociais.

Atuando em parceria desde a fundação, a Associação conta com a infraestrutura da sede da rua Presidente Campos Salles, na Vila Industrial, para realização de atividades. Lá, os associados mantêm as tradições de seus antepassados, promovem eventos como a comemoração do ano-novo, o undokai, a homenagem aos idosos e almoços, como o tradicional yakissoba.

Informações: (11) 4726-2777

Os projetos culturais realizados pelo Bunkyo de Mogi das Cruzes e Associações ligadas tem o apoio e financiamento da LIC (Lei de Incentivo à Cultura) da Prefeitura de Mogi das Cruzes.

EMPRESAS QUE APOIAM A LIC
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